VIDEO: FRENTE EVANGÉLICA REAGE A MORAES APÓS ATO CONTRA MALAFAIA


A bancada evangélica no Congresso reagiu com veemência à operação da Polícia Federal que resultou no indiciamento do pastor Silas Malafaia, além do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, por suposta coação no curso de investigação relacionada à tentativa de golpe de Estado. Parlamentares e lideranças religiosas consideraram a ação arbitrária e questionaram a condução das investigações.

Em notas e pronunciamentos, os integrantes da Frente Parlamentar Evangélica manifestaram preocupação com o cumprimento do devido processo legal e destacaram a necessidade de garantir a ampla defesa dos investigados. Eles criticaram a divulgação de informações à imprensa antes da comunicação formal aos advogados, alegando que tais “vazamentos seletivos” comprometem a imparcialidade e enfraquecem a confiança no sistema judicial.

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder da bancada na Câmara, classificou a operação como perseguição política e afirmou que Malafaia estaria sendo criminalizado por expressar opiniões públicas e por seu posicionamento político. Para ele, a ação da Polícia Federal teria caráter intimidatório, afetando não apenas o pastor, mas todo o grupo que se identifica com a base política e religiosa alinhada ao PL.

Malafaia também se posicionou publicamente, demonstrando indignação com a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que incluiu a apreensão de seus passaportes e proibiu sua saída do país. O pastor declarou que a medida seria arbitrária e sem respaldo legal, chegando a afirmar que, caso fosse preso, se tornaria um “mártir evangélico”. Ele criticou ainda o que considerou ações excessivas da Polícia Federal, reforçando a percepção de perseguição política.

A reação da bancada evangélica ilustra a crescente influência de líderes religiosos na política brasileira, sobretudo na defesa de aliados frente a medidas judiciais e operações policiais. O grupo também aproveitou para questionar a atuação do Judiciário e reiterar sua preocupação com a liberdade de expressão, destacando que a crítica a autoridades não pode ser interpretada como crime ou tentativa de obstrução da Justiça.

A operação da PF e a resposta da bancada geraram debates intensos sobre a relação entre poder Judiciário, instituições policiais e representantes religiosos na política. A mobilização da Frente Parlamentar Evangélica evidencia que os episódios envolvendo Malafaia, Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro têm impacto direto na arena política, polarizando ainda mais o ambiente legislativo e público.

As investigações continuam em curso, e o desfecho do caso poderá trazer consequências significativas tanto para os investigados quanto para o posicionamento político da bancada evangélica. O episódio reforça a tensão entre autoridades judiciais e lideranças políticas e religiosas, além de colocar em evidência a importância do acompanhamento do devido processo legal e da proteção de direitos constitucionais.

O caso permanece no centro do debate público, com a bancada evangélica prometendo acompanhar de perto todos os desdobramentos da investigação, garantindo defesa e apoio ao pastor Silas Malafaia, enquanto questiona a atuação das instituições responsáveis pela operação.


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