VIDEO: NA INGLATERRA, TRUMP DISCORDA DO PRIMEIRO-MINISTRO EM PÚBLICO E COBRA HAMAS

 


Durante visita oficial ao Reino Unido, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou atenção ao divergir publicamente de decisões do governo britânico em questões diplomáticas e de segurança. Em um encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Trump expressou desacordo sobre o reconhecimento de um Estado palestino, sinalizando que essa questão representava uma das principais divergências entre os dois líderes no momento.


Enquanto Trump defendia medidas mais duras contra o Hamas e sugeria políticas de contenção mais rigorosas no Oriente Médio, o primeiro-ministro britânico manteve postura distinta, ressaltando que o Hamas não teria lugar em qualquer governo legítimo da Palestina e que a política do Reino Unido segue um caminho independente. A divergência evidenciou posições distintas sobre diplomacia e segurança internacional, mas ambos destacaram a importância de manter canais de diálogo entre aliados.


Além das questões do Oriente Médio, Trump levantou preocupações sobre a segurança nas fronteiras do Reino Unido, comparando a situação à da fronteira entre EUA e México. Ele sugeriu o uso de forças militares para impedir a entrada de imigrantes ilegais pelo Canal da Mancha, algo que os ministros britânicos rejeitaram, afirmando que o controle existente das fronteiras já seria suficiente para enfrentar o problema.


Outro ponto de discordância envolveu a política energética do Reino Unido. Trump criticou a dependência de fontes renováveis, especialmente a energia eólica, e defendeu maior exploração de petróleo no Mar do Norte como estratégia para reduzir custos, aumentar a independência energética e enfraquecer países concorrentes, como a Rússia. Essa visão contrastou com os esforços britânicos de manter metas ambientais e políticas de energia sustentável.


Apesar das diferenças em temas específicos, a visita também marcou avanços na cooperação bilateral. Ambos os líderes enfatizaram o compromisso com a estabilidade no Oriente Médio e reforçaram a parceria em áreas de tecnologia, ciência e segurança, incluindo inteligência artificial e energia nuclear. A viagem resultou ainda na assinatura de acordos comerciais significativos, totalizando cerca de 350 bilhões de dólares, destinados a investimentos estratégicos que fortalecem a relação econômica entre os dois países.


Especialistas em relações internacionais avaliam que a postura de Trump reflete a tentativa de reafirmar sua influência sobre políticas externas mesmo fora do cargo, pressionando aliados a adotar medidas alinhadas com sua visão de segurança e comércio. Por outro lado, a resposta britânica demonstra o esforço de manter independência nas decisões políticas e diplomáticas, evitando alinhamentos automáticos com posições externas.


O episódio destaca o contraste entre estilos de liderança e estratégias políticas. Trump, mais direto e combativo, buscou marcar posição sobre temas sensíveis, enquanto Starmer optou por enfatizar estabilidade, diálogo e continuidade das políticas vigentes. Essa interação evidencia que mesmo aliados tradicionais podem ter divergências públicas que geram repercussão internacional e repercussão política dentro de cada país.


Em suma, a visita combinou momentos de tensão e de cooperação. Enquanto Trump criticou políticas britânicas e cobrou ações mais firmes contra grupos armados no Oriente Médio, acordos bilaterais e compromissos estratégicos reforçaram os laços entre Estados Unidos e Reino Unido. A viagem serviu como palco para debate sobre segurança internacional, fronteiras e energia, refletindo as complexidades das relações entre dois aliados com visões políticas diferentes, mas interesses econômicos e estratégicos convergentes.



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