O aeroporto de Orly, um dos principais terminais aéreos de Paris, enfrenta uma grave instabilidade em seu sistema de controle de tráfego aéreo, o que tem causado uma série de atrasos e cancelamentos de voos desde o último domingo (18). O problema, ainda sem solução definitiva, afeta não apenas passageiros na França, mas também viajantes com destino a importantes cidades europeias.
No domingo, cerca de 130 voos foram cancelados após a operadora do aeroporto, Aéroports de Paris, determinar uma redução de 40% nas operações programadas. A medida foi tomada como forma de aliviar a pressão sobre o sistema de controle aéreo e minimizar o risco de acidentes ou falhas mais graves durante os procedimentos de decolagem e pouso.
Mesmo com a expectativa de que a situação melhorasse, nesta segunda-feira (19) os problemas continuam. A administração do aeroporto solicitou uma nova redução, dessa vez de 15% no número de voos. Entre os destinos afetados estão Lisboa, Porto, Helsinque, Roma, Nice e Toulon, com partidas canceladas já nas primeiras horas da manhã. A tendência é que a suspensão de voos se estenda também para outros trajetos durante a tarde, especialmente aqueles com destino à Itália, Espanha, Portugal e regiões do sul da França.
A crise ocorre em um momento delicado para o turismo francês. Paris, conhecida como a cidade mais visitada do mundo, movimenta milhões de visitantes todos os anos. O aeroporto de Orly, em especial, é uma das portas de entrada mais utilizadas por turistas europeus e locais, recebendo mais de 33 milhões de passageiros anualmente. A preferência por Orly, em comparação com o maior aeroporto da capital, o Paris-Charles de Gaulle, se dá por sua localização estratégica mais próxima do centro da cidade, o que facilita o deslocamento para os principais pontos turísticos.
Apesar de Charles de Gaulle continuar operando normalmente, muitos turistas e viajantes de negócios optam por Orly devido à praticidade e ao menor tempo de deslocamento. Com os cancelamentos e a redução da malha aérea, companhias aéreas e passageiros enfrentam dificuldades para realocar viagens, gerando longas filas, espera por atendimento e incertezas quanto aos próximos embarques.
A expectativa é de que os técnicos da Aéroports de Paris consigam resolver a falha nos sistemas de controle ainda nos próximos dias. Enquanto isso, passageiros são aconselhados a verificar com as companhias aéreas a situação de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto. Também é recomendado considerar alternativas de transporte, especialmente em voos de curta distância pela Europa, como trens de alta velocidade, amplamente disponíveis na França e em países vizinhos.
A falha evidencia a dependência crítica dos sistemas tecnológicos na aviação moderna e levanta discussões sobre a necessidade de protocolos mais robustos de contingência em aeroportos de grande porte, especialmente em destinos turísticos internacionais como Paris.
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