BITCOIN PODE RENOVAR RECORDE DE PREÇO EM BREVE?

 



O Bitcoin (BTC) voltou a ganhar força no mercado e superou a marca dos US$ 105 mil pela primeira vez desde janeiro, impulsionado por fatores macroeconômicos e institucionais. O movimento foi estimulado, principalmente, pelo recente acordo comercial entre Estados Unidos e China, que resultou na redução de tarifas entre as duas potências econômicas. A trégua nas tensões comerciais aumentou o apetite global por risco, refletindo-se na valorização de ativos como ações e criptomoedas.

Na terça-feira (13), o ativo digital apresentou leve recuo, sendo cotado na faixa dos US$ 104 mil, após parte dos investidores realizarem lucros. Ainda assim, o cenário permanece otimista e levanta a expectativa de que o Bitcoin possa romper sua máxima histórica de US$ 109 mil nos próximos dias.

O entusiasmo em torno do BTC é sustentado por quatro principais vetores: maior tolerância ao risco por parte dos investidores globais, perspectiva de queda dos juros nos Estados Unidos, crescimento da participação de investidores institucionais e o impacto histórico do halving.

A aproximação entre EUA e China trouxe alívio aos mercados financeiros e elevou a confiança em um cenário econômico menos volátil. O fortalecimento do dólar e o avanço nas bolsas asiáticas e americanas reforçaram o ambiente favorável à busca por ativos mais arrojados, como o Bitcoin.

Outro fator relevante tem sido a entrada crescente de capital institucional. Gigantes financeiros como BlackRock, Fidelity e 21Shares movimentaram US$ 882 milhões em aportes líquidos na última semana. A empresa de tecnologia Strategy, conhecida por sua forte exposição ao BTC, adquiriu mais 13.390 unidades da moeda, totalizando cerca de US$ 59 bilhões em reservas.

Essa movimentação mostra uma adesão cada vez maior por parte de grandes empresas e fundos, o que fortalece a legitimidade da criptomoeda e contribui para sua estabilidade relativa em meio à volatilidade típica do setor.

No campo macroeconômico, a expectativa de redução das taxas de juros nos Estados Unidos também vem dando suporte ao avanço do Bitcoin. A inflação ao consumidor (CPI) de abril surpreendeu positivamente, ao registrar alta abaixo das projeções. Isso reacendeu as apostas de cortes na taxa básica pelo Federal Reserve, o que tende a beneficiar ativos considerados de maior risco, como o BTC.

Somado a isso, há o impacto do halving – evento que ocorre a cada quatro anos e reduz pela metade a emissão de novos bitcoins. O último halving, realizado em abril de 2024, é historicamente seguido por ciclos de alta que se estendem por mais de um ano. Analistas apontam que o mercado pode estar entrando em uma nova fase de valorização, impulsionada pela menor oferta da moeda.

Embora haja sinais claros de um novo rali de alta, o mercado ainda observa com cautela os níveis de resistência e suporte. O Bitcoin pode alcançar zonas de valorização próximas a US$ 112 mil, mas também pode recuar para níveis como US$ 101 mil ou até US$ 91 mil, caso haja pressão vendedora ou correção.

Por ser um ativo volátil, o Bitcoin exige atenção dos investidores, que devem ponderar riscos e manter estratégias alinhadas ao seu perfil e aos seus objetivos financeiros.

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