EVENTO NOS EUA FAZ BOLSA BRASILEIRA TER ALTA DISCRETA COM BAIXO VOLUME

 


O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (26) com valorização discreta de 0,23%, alcançando os 138.136,14 pontos, em um dia de baixa liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos. Sem a referência das bolsas de Nova York, o volume financeiro negociado foi de apenas R$ 10,9 bilhões, bem abaixo da média dos últimos pregões. Ainda assim, o índice conseguiu manter o sinal positivo, sustentado por altas pontuais em ações de peso, como Braskem, Assaí e Azul.

O pregão foi influenciado por fatores externos, como a decisão do governo dos Estados Unidos de adiar tarifas sobre produtos da União Europeia para o mês de julho, o que reduziu a tensão nos mercados globais. No cenário doméstico, investidores acompanharam movimentações relevantes entre empresas e projeções técnicas sobre os próximos suportes e resistências do Ibovespa.

Entre os destaques do dia, as ações preferenciais da Braskem (BRKM5) subiram 4,15%, após a companhia confirmar o recebimento de uma proposta não vinculante por parte de um fundo controlado pelo empresário Nelson Tanure. A proposta envolve a aquisição do controle da petroquímica, o que impulsionou fortemente os papéis da empresa. Já na sexta-feira anterior, as ações haviam disparado mais de 9%, antecipando o movimento.

Também em alta, as ações do Assaí (ASAI3) avançaram 5,97%, beneficiadas por uma atualização positiva de relatório de análise de mercado, que elevou o preço-alvo dos papéis. A Azul (AZUL4) registrou valorização de 4,81%, dando continuidade à volatilidade dos últimos dias, ainda em meio a incertezas sobre sua saúde financeira. Apesar da recuperação no dia, os papéis da companhia aérea acumulam perdas superiores a 29% em maio.

Na outra ponta, a JBS (JBSS3) recuou 3,63%, figurando entre as principais quedas. O mercado segue atento às implicações da proposta de dupla listagem da companhia, que prevê a negociação de seus papéis prioritariamente nos Estados Unidos, com impacto direto sobre sua permanência nos principais índices da B3. A Minerva (BEEF3) e a BRF (BRFS3) também fecharam em baixa, com perdas de 2,51% e 0,51%, respectivamente.

Outro destaque negativo foi a Raízen (RAIZ4), com queda expressiva de 7,94% após uma sequência de três pregões positivos. A possibilidade de venda de ativos para reduzir dívidas acendeu o alerta entre investidores. Já a Petz (PETZ3) recuou 3,13%, em meio à análise da fusão com a concorrente Cobasi pelo órgão regulador.

Entre os grandes nomes da bolsa, a Petrobras (PETR4) caiu 0,32%, influenciada por declarações da presidência da estatal sobre os preços dos combustíveis. A Vale (VALE3) também recuou, com perda de 0,57%, acompanhando a queda dos contratos futuros do minério de ferro na China.

No setor financeiro, o desempenho foi positivo, com altas moderadas de bancos como Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco, o que ajudou a equilibrar o índice em um dia de poucos negócios.

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