As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, refletindo a apreensão dos investidores diante da crescente possibilidade de retaliação do Irã após ataques conjuntos dos Estados Unidos e Israel a instalações nucleares iranianas no último final de semana. O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou o pregão com baixa de 0,28%, em 535,03 pontos, após atingir o nível mais baixo em mais de um mês durante a sessão.
Incertezas geopolíticas dominam o mercado
O clima de nervosismo tomou conta dos mercados após reportagens indicarem que o Irã poderá em breve lançar contra-ataques contra forças americanas na região do Oriente Médio, mesmo com esforços diplomáticos dos EUA para evitar uma escalada do conflito. O temor de uma possível interrupção no fluxo do petróleo pelo Estreito de Ormuz, rota vital para o comércio mundial da commodity, alimentou a cautela dos investidores.
Reação dos investidores e movimentação dos setores
Com a instabilidade, houve uma migração para ativos considerados mais seguros, como o ouro e os títulos soberanos da zona do euro, cujos preços registraram alta. No âmbito dos setores da bolsa, o segmento de serviços públicos apresentou desempenho superior, tradicionalmente visto como refúgio em momentos de incerteza. Por outro lado, o setor aeroespacial e de defesa sofreu uma queda de 0,7%, mesmo com planos anunciados pela Alemanha para aumentar seus gastos militares para 3,5% do Produto Interno Bruto até 2029.
Principais índices europeus fecharam no vermelho
O índice Financial Times, em Londres, recuou 0,19%, fechando em 8.758,04 pontos. Em Frankfurt, o DAX perdeu 0,35%, encerrando a 23.269,01 pontos. Já em Paris, o CAC-40 caiu 0,69%, enquanto o índice Ftse/Mib, em Milão, registrou queda mais acentuada de 1,00%. Madrid e Lisboa também fecharam em baixa, com o Ibex-35 e o PSI20 caindo 0,08% e 0,47%, respectivamente.
Perspectivas para o curto prazo
Especialistas alertam que a volatilidade no mercado europeu deve persistir, dada a incerteza sobre a extensão da retaliação iraniana e a possibilidade de um conflito prolongado na região. Essa instabilidade global gera cautela entre investidores, que buscam minimizar riscos em meio a um cenário geopolítico delicado.
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