O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira em alta de 0,51%, aos 137.128,04 pontos, impulsionado por valorização no setor de petróleo, com destaque para Petrobras, e pelo desempenho positivo dos bancos. A alta do índice também foi favorecida por dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos e por sinais de distensão nas relações comerciais entre EUA e China.
Logo nos primeiros minutos de negociação, o principal índice da Bolsa brasileira chegou a cair até 135.627,75 pontos, mas reverteu o movimento ao longo da sessão. O melhor momento do dia foi registrado com o Ibovespa atingindo 137.530,69 pontos, em um dia com volume financeiro de R$ 21,56 bilhões.
O petróleo foi um dos grandes protagonistas do dia. A cotação do barril do tipo Brent avançou 4,34% no exterior, atingindo US$ 69,77. O movimento favoreceu as ações da Petrobras, que fecharam com forte valorização: os papéis preferenciais (PN) subiram 3,33% e os ordinários (ON) tiveram alta de 2,93%. Outras companhias do setor de energia também se destacaram, como Brava Energia (+3,03%), PetroReconcavo (+2,7%) e PRIO (+1,74%).
No setor financeiro, os bancos se beneficiaram de sinais de resistência no Congresso às novas medidas fiscais do governo federal. Entre elas, estão propostas de aumento na tributação do setor financeiro e taxação de investimentos. A reação política foi imediata, com partidos da base aliada se posicionando contra as propostas do Ministério da Fazenda. A percepção de que essas medidas enfrentam obstáculos aumentou o otimismo com ações de instituições financeiras. Santander Brasil liderou os ganhos do setor com alta de 4,65%, seguido por Bradesco PN (+3,1%) e Itaú Unibanco PN (+0,92%). O Banco do Brasil foi exceção e recuou 0,65%.
No cenário internacional, os dados de inflação dos Estados Unidos vieram abaixo das expectativas do mercado. O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu apenas 0,1% em maio, enquanto analistas previam avanço de 0,2%. A taxa anualizada ficou em 2,4%, também abaixo das projeções. Esses números aumentaram a expectativa de corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o que refletiu em queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano. O papel de 10 anos fechou com yield de 4,416%, ante 4,474% na véspera.
Apesar do alívio inflacionário, as bolsas norte-americanas não sustentaram os ganhos, pressionadas por preocupações geopolíticas. O S&P 500 fechou em queda de 0,27% após notícias de uma possível retirada parcial da embaixada dos EUA no Iraque, diante de riscos de segurança.
O acordo comercial anunciado entre os Estados Unidos e a China também teve impacto no humor dos investidores. O entendimento prevê troca de produtos estratégicos e aplicação de tarifas bilaterais, marcando uma tentativa de estabilização nas relações econômicas entre as duas potências.
Outros destaques do pregão incluíram alta de 3,51% nas ações da TIM e de 2,41% nos papéis da Telefônica Brasil, além de valorização da MRV&CO ON (+2,48%). Por outro lado, Gerdau PN liderou as quedas com -3,68%, corrigindo parte dos ganhos recentes acumulados no mês.
Comentários
Postar um comentário