O Ibovespa encerrou a sexta-feira (27) com leve baixa, refletindo um dia de liquidez reduzida e movimento cauteloso dos investidores. O principal índice da B3 oscilou entre ganhos e perdas ao longo do pregão, mas terminou em queda de 0,18%, aos 136.865,79 pontos, após abrir aos 137.112,88 e atingir mínima intradiária de 136.468,56 pontos.
Índice acumula perdas na semana e em junho
Na semana, o Ibovespa acumula retração de 0,18%, vindo de um período anterior praticamente estável (-0,07%). No mês de junho, o índice cede 0,12%, embora ainda preserve uma valorização expressiva de 13,79% no acumulado do ano.
O volume financeiro negociado nesta sexta foi de R$ 16,5 bilhões, evidenciando um pregão de menor liquidez, típico das últimas sextas-feiras do mês, especialmente com a aproximação do encerramento do semestre.
Vale lidera altas com minério forte; Petrobras e bancos pesam
Entre os destaques positivos, as ações da Vale (VALE3) subiram 1,92%, impulsionadas pela valorização de aproximadamente 2% do minério de ferro em Dalian, na China, e de mais de 1% em Cingapura. A mineradora liderou os ganhos entre as blue chips e ajudou a conter uma queda mais acentuada do índice.
Outras empresas que se destacaram positivamente foram Engie Brasil (EGIE3), com alta de 4,24%, e o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que avançou 2,01%. Também subiram Marcopolo (POMO4), com 1,68%, e Localiza (RENT3), que ganhou 1,35%.
Por outro lado, as ações da Petrobras recuaram. Os papéis ordinários (PETR3) caíram 1,23%, enquanto os preferenciais (PETR4) perderam 0,79%, pressionando negativamente o índice, junto com o desempenho fraco dos grandes bancos, com exceção do Banco do Brasil (BBAS3), que subiu 0,60%, e Bradesco PN (BBDC4), que teve leve alta de 0,12%.
Na ponta negativa, as ações da Vamos (VAMO3) despencaram 6,56%, seguidas por Bravva (BRAV3), com queda de 3,59%, e Cosan (CSAN3), que caiu 2,46%.
Dólar fecha em queda e curva de juros segue mista
No mercado cambial, o dólar comercial fechou o dia em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,4829. A moeda norte-americana acumula retração de 4,14% no mês e 0,76% na semana, acompanhando o movimento global de enfraquecimento do dólar diante de especulações sobre o futuro do Federal Reserve (Fed) e seu presidente, Jerome Powell.
Segundo Bruna Centeno, economista e sócia da Blue3 Investimentos, os dados de inflação favoráveis contribuíram para queda nos juros futuros, especialmente nos vencimentos intermediários. “Há sinais mistos na curva, mas uma tendência de elevação na parte estrutural. O cenário ainda é incerto, mas o mercado monitora possíveis mudanças no Fed, caso Donald Trump confirme as substituições”, avaliou.
Trump evita definir prazo para novas tarifas
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ainda está negociando acordos tarifários com parceiros comerciais e evitou confirmar o prazo de 9 de julho como limite para implementação de novas tarifas. “Pode ser depois, mas também pode ser antes”, disse, mantendo o suspense sobre as políticas econômicas de sua gestão.
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