INTRIGA DO GOVERNO DOS EUA COM PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL PODE ESTAR PRESTES A GERAR MEDIDA DRÁSTICA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que a escolha do próximo presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano, será anunciada em breve. A declaração reforça a expectativa de que, caso volte à presidência, Trump buscará interferir diretamente na política monetária do país. Segundo ele, um “bom presidente do Fed” tomaria a decisão de reduzir as taxas de juros — sinalizando uma possível mudança de rumo caso o atual comando do Fed seja substituído.
Durante seu mandato, Trump frequentemente criticou a atuação do Federal Reserve, especialmente quando o banco mantinha ou aumentava as taxas de juros. Agora, em meio à sua campanha para retornar à Casa Branca, ele volta a pressionar pela adoção de medidas que, segundo ele, favoreceriam o crescimento econômico. Para Trump, a redução dos juros seria uma forma eficaz de impulsionar o investimento, aumentar o consumo e gerar empregos — temas centrais em sua retórica econômica.
O comentário surge em um momento de alta sensibilidade para os mercados financeiros, que acompanham com atenção as perspectivas políticas e econômicas dos Estados Unidos. Com a inflação mostrando sinais de resistência em alguns setores e o mercado de trabalho permanecendo aquecido, o Federal Reserve tem adotado uma postura cautelosa em relação a novos cortes nas taxas. A autonomia da instituição é vista como um pilar da estabilidade econômica do país, e qualquer tentativa de influência política direta tende a gerar preocupação entre investidores e analistas.
No entanto, a visão de Trump é a de que o Federal Reserve deveria ser mais proativo em estimular a economia, mesmo que isso signifique um rompimento com a abordagem mais conservadora adotada atualmente. A possibilidade de ele indicar um novo presidente para o Fed que compartilhe dessa visão levanta discussões sobre o futuro da política monetária americana. Analistas avaliam que, caso um nome mais alinhado ao presidente seja escolhido, pode haver uma mudança significativa na condução dos juros, com impactos diretos sobre o dólar, a inflação e o desempenho das bolsas.
O atual presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicado por Trump em 2017 e reconduzido por Biden em 2021, tem buscado equilibrar o combate à inflação com o risco de desaceleração econômica. Seu mandato vai até 2026, mas há especulações sobre uma possível substituição antecipada em caso de vitória de Trump nas próximas eleições.
Ao afirmar que a decisão será tomada em breve, Trump sugere que já considera alternativas para o comando da instituição, o que pode antecipar o debate sobre a independência do Fed. A mensagem reforça sua postura crítica em relação ao atual modelo e abre espaço para uma possível reconfiguração do órgão em um eventual novo mandato.
O mercado segue atento a novas declarações de Trump e a sinais de seus assessores econômicos, que podem indicar quais nomes estão sendo cogitados para a presidência do Fed. Com o cenário eleitoral cada vez mais polarizado, a condução da política monetária promete ser um dos temas centrais da campanha — e da agenda econômica dos próximos anos.
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