POR QUE O DÓLAR DIGITAL PODE SER UMA OPÇÃO PARA REDUZIR CUSTOS DO IOF?

 


O mercado brasileiro de criptomoedas registra um crescimento expressivo no uso de stablecoins, especialmente os dólares digitais USDT e USDC, durante o primeiro trimestre de 2025. Dados do Bitybank, maior banco de criptomoedas do país, apontam um aumento superior a 160% no volume de negociações dessas moedas digitais em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse avanço está diretamente ligado à facilidade que esses ativos proporcionam para investidores que desejam manter parte de seus recursos em moedas fortes, como dólar ou euro, e também à rapidez nas operações de transferência internacional.

As stablecoins, que são criptomoedas atreladas a moedas tradicionais, ganharam um impulso extra devido à recente alteração na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A nova legislação elevou a taxa do imposto para algumas operações financeiras tradicionais, mas não incide diretamente sobre o uso dessas moedas digitais, tornando-as uma alternativa vantajosa para pagamentos e transferências internacionais.

Para as empresas, essa mudança tem um impacto significativo. Transferências internacionais realizadas por bancos convencionais costumam demorar cerca de dois dias para serem concluídas, além de ficarem restritas ao horário comercial e dias úteis. Já as operações com stablecoins podem ser processadas em minutos, independentemente do horário ou do dia da semana, o que agiliza as transações e reduz custos operacionais.

Além da rapidez, as stablecoins ajudam as empresas a economizar em despesas relacionadas à estocagem de moedas estrangeiras, juros de empréstimos e multas por atrasos em remessas internacionais. Com a elevação do IOF, a adoção dessas tecnologias se torna ainda mais atraente, já que podem reduzir em até dez vezes o impacto do imposto sobre os custos corporativos.

O efeito do aumento do IOF também é sentido pelas pessoas físicas, principalmente em transações do dia a dia que envolvem o exterior. Viagens internacionais, pagamentos de cursos no exterior, serviços de streaming estrangeiros, uso de plataformas de trabalho remoto global e transferências para familiares fora do país são alguns exemplos de operações afetadas pela alta do imposto. Nesse contexto, as stablecoins aparecem como uma solução eficiente e econômica para consumidores comuns, freelancers, pequenos e médios empreendedores e turistas.

O crescimento da demanda por stablecoins tem impulsionado o Bitybank a desenvolver novos produtos focados nesse segmento. Entre as inovações está um cartão de crédito que permite pagamentos diretamente com dólares digitais, além de um sistema que busca as melhores cotações de USDT e USDC entre diversos provedores de liquidez, garantindo ao cliente a compra e venda pelo preço mais vantajoso.

Esse movimento acompanha uma tendência global, na qual instituições financeiras tradicionais já reconhecem a consolidação das stablecoins como instrumento operacional eficiente. O uso desses ativos eleva a eficiência das operações financeiras e reduz os custos de transação, representando uma evolução importante no sistema financeiro.

No campo dos investimentos, as stablecoins têm ganhado destaque não apenas como alternativas para diversificação, mas também como ferramentas reais de proteção patrimonial e liberdade financeira. A simplicidade, segurança e acessibilidade desses ativos permitem que se tornem parte do cotidiano financeiro dos brasileiros, oferecendo soluções inovadoras e práticas para o mercado nacional.

O crescimento do uso das stablecoins no Brasil indica uma transformação significativa na maneira como indivíduos e empresas lidam com moedas estrangeiras e transações internacionais. A combinação de agilidade, economia e menor impacto tributário posiciona essas criptomoedas como protagonistas no futuro das operações financeiras no país.

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