QUAIS SÃO AS 6 APLICAÇÕES MAIS RECOMENDADAS DO SETOR IMOBILIÁRIO?

 


O mercado de fundos imobiliários segue em ritmo de alta em 2025, acompanhando o desempenho positivo do Ibovespa. Em maio, o IFIX – índice que reúne os principais FIIs negociados na B3 – atingiu sua máxima histórica e, nos primeiros dias de junho, continua operando próximo do recorde intradiário renovado no dia 2. No acumulado do ano, os FIIs apresentam valorização de 10,7%, impulsionados principalmente por um cenário de juros mais controlados, recuperação econômica e demanda por alternativas de renda passiva.

Apesar do otimismo, analistas de mercado apontam que a volatilidade ainda é um fator relevante. O momento, embora positivo, exige seletividade por parte dos investidores. As recomendações atuais das corretoras indicam preferência por fundos com ativos bem localizados, inquilinos de alta qualidade ou papéis de crédito com emissores sólidos.

Em junho, o destaque das recomendações é dividido entre dois fundos de galpões logísticos e um de recebíveis. O BTG Pactual Logística (BTLG11), o Bresco Logística (BRCO11) e o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) aparecem no topo da lista com cinco recomendações cada. O primeiro, com ativos concentrados num raio de 60 km da cidade de São Paulo, apresenta uma taxa de ocupação de 98% e tem entre seus locatários grandes empresas como Amazon e Unilever. A previsão de retorno com dividendos gira em torno de 9,4% ao ano.

O Bresco Logística também se destaca pela qualidade de seus inquilinos: cerca de 88% possuem classificação de crédito AAA ou AA, o que garante previsibilidade e baixo risco de inadimplência. Já o KNCR11 é o maior fundo de papel do mercado, com R$ 7,8 bilhões em patrimônio líquido e uma carteira quase integralmente atrelada ao CDI. Com taxa média de CDI + 2,28% ao ano, o fundo é considerado uma opção estável e com baixa volatilidade.

Outros fundos também ganham espaço nas recomendações. O TRX Real Estate (TRXF11) possui um portfólio diversificado, com imóveis em áreas consolidadas e grande presença de varejistas como locatários. A liquidez no mercado secundário e a possibilidade de ganhos adicionais com operações de venda de imóveis também são vistas como diferenciais.

Já o RBR Alpha (RBRF11), que substituiu o MCCI11 na lista de junho, investe majoritariamente em cotas de outros fundos. Com 62,8% do capital alocado em fundos de tijolo e uma equipe de gestão experiente, o fundo é considerado atrativo pelo seu nível de caixa e pela capacidade de aproveitar oportunidades do mercado. Seu dividend yield anualizado está em 10,4%.

Por fim, o RBR High Grade (RBRR11) foca em ativos indexados ao IPCA, com um juro real médio superior a 9%. A carteira é composta por devedores com bom histórico de crédito, como Brookfield e Rede D’Or, o que, combinado com possíveis pressões inflacionárias, pode beneficiar os rendimentos futuros.

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