Wall Street quebra recordes: Nasdaq e S&P 500 disparam com otimismo sobre China e inteligência artificial
Mesmo após uma sessão marcada por incertezas pontuais e comentários controversos de Donald Trump sobre o Canadá, os principais índices de ações dos Estados Unidos encerraram a sexta-feira (27) em alta consistente, com destaque para o Nasdaq e o S&P 500, que bateram novos recordes históricos de fechamento.
Os investidores mantiveram o apetite ao risco em meio a sinais positivos sobre as negociações comerciais com a China, além do impulso contínuo proporcionado por empresas ligadas à inteligência artificial. O movimento foi suficiente para anular o impacto negativo de dados econômicos mistos e ruídos diplomáticos com o Canadá.
Nasdaq e S&P 500 renovam máximas históricas
O Nasdaq avançou 0,52% e fechou em 20.273,46 pontos, depois de atingir durante o pregão a máxima intradiária de 20.311,51 pontos. O índice é fortemente influenciado por empresas de tecnologia, que seguem em trajetória ascendente impulsionadas pelo boom da inteligência artificial.
O S&P 500 também subiu 0,52%, encerrando a sessão em 6.173,07 pontos – sua maior pontuação de fechamento até hoje. Durante o dia, chegou a tocar os 6.187,68 pontos. Já o Dow Jones teve uma valorização mais expressiva, de 1%, terminando o dia em 43.819,27 pontos.
Trump fala sobre tarifas, mas mercado ignora
Em meio à sessão, os mercados chegaram a dar sinais de instabilidade após Donald Trump, presidente dos EUA, anunciar que estava encerrando negociações comerciais com o Canadá. Segundo Trump, a decisão foi uma resposta à implementação de um imposto digital por parte do governo canadense sobre grandes empresas de tecnologia norte-americanas.
A declaração foi feita na rede Truth Social e chegou a causar receio nos investidores, dada a sensibilidade do mercado a disputas comerciais. No entanto, a confiança sobre o andamento das negociações com a China prevaleceu, sustentando os ganhos do dia.
Nvidia brilha mais uma vez e Nike surpreende
Entre os destaques da sessão está a Nvidia, que avançou 1,76%, acumulando sua quinta alta consecutiva. A gigante dos chips de inteligência artificial atingiu uma capitalização de mercado de impressionantes US$ 3,847 trilhões, consolidando-se como a empresa mais valiosa do mundo.
Já a Nike surpreendeu os mercados com uma disparada de 15,2%, chegando a US$ 72,04 por ação. O salto foi impulsionado pela mudança de estratégia da empresa, que está priorizando o desempenho atlético em vez de produtos de estilo de vida. A mudança animou analistas, que elevaram os preços-alvo das ações. O Barclays, por exemplo, revisou sua projeção de US$ 53 para US$ 64, enquanto o Goldman Sachs aumentou de US$ 72 para US$ 81.
Boeing também se destaca
Outro nome que chamou atenção foi a Boeing, que avançou 5,9% no dia, cotada a US$ 214,55. A valorização veio após uma nota do analista Olivier Brochet, da Rothschild & Co. Redburn, que elevou a recomendação da ação de “neutra” para “compra”, com o novo preço-alvo passando de US$ 180 para US$ 275. Segundo Brochet, as mudanças estruturais da empresa estão começando a gerar resultados positivos.
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