Mercado de capitais pode destravar bilhões para energia solar com CRIs e debêntures

 


Desafios regulatórios e perspectivas futuras

Apesar das oportunidades, o setor enfrenta desafios importantes no campo regulatório e financeiro. A recente Medida Provisória nº 1.303/25, que visa compensar a revogação do decreto que previa aumento do IOF, trouxe incertezas ao setor ao incluir dispositivos que podem tributar os rendimentos de títulos como debêntures e CRIs. Essa insegurança jurídica pode elevar os custos das operações e dificultar o acesso a financiamentos.

Para Raphael Roque, coordenador do Grupo de Trabalho da Absolar, essas mudanças reforçam a necessidade de buscar soluções inovadoras e fortalecer garantias para que o mercado continue atraente para investidores, especialmente os institucionais. "O setor está no caminho certo, mas ainda precisa amadurecer e avançar para garantir maior previsibilidade e segurança para o capital que deseja aportar na transição energética do país", afirma.

Além disso, a associação vê um papel crescente para fundos de investimento especializados, como Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que podem atuar como importantes canais para captação de recursos em etapas futuras da expansão solar.

Oportunidade para investidores e o futuro da energia solar no Brasil

Com a queda esperada da taxa Selic ao longo dos próximos anos, o mercado de energia solar deve se tornar ainda mais atraente para o capital institucional e para investidores pessoa física que buscam diversificação e retornos alinhados com a transição para fontes renováveis.

Projetos que combinam financiamento via mercado de capitais, como CRIs e debêntures, com o novo regime FÁCIL da CVM, tendem a acelerar a expansão da energia solar distribuída e centralizada em todo o Brasil, contribuindo para o aumento da segurança energética e para o cumprimento das metas ambientais do país.

Para investidores interessados, o momento é de atenção às novidades regulatórias e às oportunidades que surgem com o fortalecimento do mercado de capitais, que pode se tornar uma das principais fontes de recursos para viabilizar a revolução solar no Brasil.


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