Tecnologia em alta e acordo com Vietnã empurram bolsa dos EUA a novo recorde; entenda

 


Wall Street fecha em alta com otimismo renovado e olho nas decisões de Trump e do Fed

Os mercados de ações dos Estados Unidos encerraram a quarta-feira (2) com novo fôlego. O S&P 500 e o Nasdaq bateram recordes de fechamento, impulsionados principalmente pelas gigantes da tecnologia e pelo anúncio de um acordo comercial entre os EUA e o Vietnã, que reduziu o temor de tensões prolongadas no comércio internacional.

O S&P 500 avançou 0,47%, encerrando o pregão a 6.227,42 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 0,94%, chegando aos 20.393,13 pontos. Já o Dow Jones recuou levemente 0,02%, terminando em 44.484,42 pontos, ainda assim apenas 1,18% abaixo do seu recorde de dezembro.


Acordo EUA-Vietnã alivia temores e anima os mercados

A reviravolta no humor do mercado veio após o anúncio do acordo comercial entre Estados Unidos e Vietnã, que estabelece tarifas de 20% sobre exportações vietnamitas. A notícia foi bem recebida por investidores, que viram nela um sinal de estabilidade nas relações comerciais globais em um momento de crescente volatilidade.

Com isso, os índices que haviam iniciado o dia em baixa reagiram e fecharam com ganhos expressivos, especialmente no setor de tecnologia.


Nvidia, Apple e Tesla lideram corrida tecnológica

O Nasdaq foi novamente o destaque do dia, com os papéis de empresas como Nvidia, Apple e Tesla puxando a valorização. Esses ativos já vinham se beneficiando de uma onda de otimismo nos últimos pregões, e o novo acordo apenas intensificou esse movimento.

A força do setor tecnológico reflete um forte apetite por risco por parte dos investidores, que têm buscado oportunidades em ativos de crescimento mesmo diante de incertezas econômicas.


Sinais de desaceleração no emprego reforçam expectativas de corte de juros

Dados divulgados nesta quarta mostraram que o setor privado dos EUA encerrou vagas em junho de forma inesperada, e os números de criação de empregos de maio foram revisados para baixo. Apesar de inicialmente pressionarem os índices, esses indicadores acabaram reforçando a expectativa de que o Federal Reserve pode começar a cortar os juros em breve.

Segundo Jim Awad, da Clearstead Advisors, o mercado reagiu bem a sinais de abrandamento moderado na economia, o que pode abrir caminho para uma política monetária mais suave. No entanto, ele alertou: "Se o enfraquecimento for excessivo, pode prejudicar o crescimento e os lucros corporativos".


Proposta fiscal de Trump pode impactar o cenário de médio prazo

Enquanto isso, a proposta de impostos e gastos do presidente Donald Trump foi aprovada pelo Senado e segue para votação final na Câmara dos Deputados. A expectativa é que o projeto aumente a dívida pública em US$ 3,4 trilhões na próxima década, o que pode trazer desdobramentos fiscais relevantes para o futuro da economia americana.

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