Trump anuncia tarifas globais e críticas à energia eólica em discurso ao lado de líder britânico



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações impactantes nesta segunda-feira (28) que envolvem desde negociações comerciais com a China até a implementação de novas tarifas para o restante do mundo, além de críticas contundentes à política energética europeia. Ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Trump mostrou um posicionamento firme que pode influenciar os rumos do comércio internacional e das políticas ambientais globais.

Trump revelou que, no momento, representantes dos EUA estão reunidos com autoridades chinesas para discutir acordos comerciais. “Estamos fazendo acordos com todos, mas precisa ser bom para todo mundo”, afirmou o republicano, ressaltando a importância de negociações que beneficiem ambas as partes. Apesar do tom conciliador quanto às negociações com a China, Trump destacou sua insatisfação com a abertura do mercado asiático e afirmou seu desejo de que “os chineses abram o país” para os produtos norte-americanos.

Em uma nova investida na política tarifária, o presidente anunciou que os Estados Unidos irão estabelecer uma tarifa-base para o restante do mundo, que ficará entre 15% e 20%. “Vamos estabelecer uma tarifa para o resto do mundo, e é isso que eles terão que pagar”, disse Trump, deixando claro que essa medida será aplicada de forma abrangente, afetando diversos setores. O anúncio acompanha um recente acordo com a União Europeia, em que os EUA reduziram a tarifa do bloco para 15% em todos os setores, acompanhada de um compromisso da UE de investir US$ 600 bilhões no país ao longo do mandato do presidente.

Além da questão comercial, Trump voltou a abordar a indústria doméstica e a política energética. Ao falar sobre aço e alumínio, o presidente afirmou que ainda irá decidir sobre as tarifas para esses produtos, mas destacou que os Estados Unidos “faremos nosso próprio aço e nosso próprio alumínio”. Essa fala reforça a intenção de fortalecer a produção nacional e reduzir dependências externas.

Outro ponto que chamou atenção foi a crítica à política energética da Europa. Trump classificou a energia eólica como “cara e feia” e disse que a Europa está “estragando seus lindos campos com turbinas eólicas”. Além disso, ironizou que “todas essas ventoinhas são feitas na China”, ressaltando a contradição do continente investir em tecnologia produzida em um país que considera um concorrente econômico e geopolítico.

Essas declarações ocorrem em um momento em que o comércio global passa por tensões, com tarifas sendo usadas como ferramenta de pressão e negociação. As falas de Trump refletem uma postura protecionista e de valorização da indústria americana, ao mesmo tempo em que expressam críticas a políticas ambientais consideradas por ele ineficientes ou prejudiciais.

O impacto dessas medidas e declarações deve ser acompanhado de perto por governos, empresas e investidores, pois podem alterar fluxos comerciais, cadeias produtivas e estratégias de sustentabilidade. Além disso, a relação com países como China e membros da União Europeia, principais parceiros comerciais dos EUA, será fundamental para o desenrolar dessas disputas.

Enquanto isso, o mundo observa se as tarifas globais e as mudanças nas políticas econômicas e ambientais americanas trarão estabilidade ou mais turbulências para o cenário internacional nos próximos meses.

Comentários