Com a Selic em dois dígitos, o custo do crédito bancário disparou, tornando o consórcio uma alternativa atraente para quem quer fugir dos juros altos e quitar financiamentos. Mas será que essa troca vale a pena? Neste artigo, explicamos o que é possível, como funciona o processo e quais cuidados tomar antes de decidir.
O que é quitar financiamento com consórcio?
Quitar um financiamento com consórcio significa usar a carta de crédito contemplada do consórcio para pagar o saldo devedor do financiamento atual. Essa prática vem crescendo porque o consórcio não cobra juros, apenas taxa de administração, o que pode reduzir o custo total da dívida.
É possível fazer essa troca?
Sim, é possível, mas com algumas condições importantes:
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O titular do consórcio deve ser o mesmo do financiamento;
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O valor da carta de crédito precisa ser igual ou maior que o saldo devedor;
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As finalidades devem ser as mesmas (exemplo: consórcio de carro só pode quitar financiamento de veículo).
Passo a passo para quitar o financiamento usando consórcio
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Escolha do consórcio: Pesquise administradoras confiáveis e selecione o plano que ofereça carta de crédito adequada para quitar sua dívida.
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Adesão ao grupo: Entre no grupo de consórcio escolhido e comece a pagar as parcelas.
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Contemplação: Você será contemplado por sorteio ou lance, liberando o direito de usar a carta.
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Apresentação do financiamento: Informe à administradora os dados do financiamento que deseja quitar.
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Análise da administradora: Confirmação da titularidade e verificação da documentação do financiamento.
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Liberação do crédito: A administradora paga o saldo diretamente ao banco, liquidando a dívida.
Financiamento e consórcio: posso pagar só um dos dois?
Enquanto você não for contemplado no consórcio, precisa continuar pagando as parcelas do financiamento normalmente. A troca efetiva da dívida só acontece após a contemplação, quando a carta de crédito é liberada.
Quais as vantagens e desvantagens dessa estratégia?
Vantagens
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Economia com juros: O consórcio não tem juros, apenas taxa de administração, o que pode diminuir bastante o custo total.
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Flexibilidade: Pode ser uma alternativa ao uso do FGTS no crédito imobiliário.
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Redução do comprometimento mensal: Pode ajudar a ajustar o orçamento familiar se o valor das parcelas for menor.
Desvantagens
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Demora na contemplação: Não há garantia de quando você será contemplado, o que pode atrasar a quitação do financiamento.
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Taxa de administração: Embora menor que juros, existe um custo a ser considerado.
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Necessidade de planejamento financeiro: É essencial avaliar o impacto no orçamento e os prazos para não correr riscos.
Vale a pena trocar financiamento por consórcio?
Segundo Luiz Antonio Sacco, CEO da Mycon Consórcios, a troca vale a pena se os juros do financiamento forem altos e se ainda houver bastante tempo para pagamento. É fundamental simular os dois cenários antes de decidir.
“Se o valor do consórcio for menor do que o custo total do financiamento, ou se a intenção for reduzir parcelas mensais, a troca pode ser vantajosa”, destaca Sacco.
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