Terremoto no México: Por que o abalo em Oaxaca pode preocupar ainda mais moradores da capital?

 


Um terremoto de magnitude 5,7 sacudiu o estado de Oaxaca, no México, neste sábado, deixando a população em alerta e reacendendo temores sobre a vulnerabilidade sísmica da região. De acordo com o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ), o abalo ocorreu a uma profundidade de apenas 10 km — fator que costuma intensificar os efeitos na superfície.

O tremor foi forte o bastante para ser sentido também na Cidade do México, a centenas de quilômetros do epicentro. Na capital, onde milhões de pessoas vivem em áreas de solo vulnerável a sismos, a preocupação é imediata sempre que um abalo é registrado em regiões próximas. Apesar de não haver relatos de grandes danos na Cidade do México, autoridades mantêm equipes de prontidão para possíveis ocorrências.

Em Oaxaca, a Coordenação Estadual de Proteção Civil e Gestão de Riscos confirmou um caso de ferimento: um jovem de 15 anos foi atingido por parte de um telhado que cedeu durante o terremoto. Segundo Manuel Maza Sánchez, líder da coordenação, o adolescente foi encaminhado a um hospital e apresenta quadro de saúde estável.

A região de Oaxaca é conhecida por sua atividade sísmica frequente. Localizada em uma das zonas de maior encontro de placas tectônicas do planeta, o México convive com tremores de diferentes magnitudes ao longo do ano. A profundidade rasa do evento deste sábado ajuda a explicar por que os efeitos puderam ser sentidos na capital, apesar da distância.

A Secretaria de Gestão Integral de Riscos e Proteção Civil da Cidade do México reforçou que, até o momento, não foram registrados danos estruturais significativos. No entanto, equipes continuam monitorando edifícios, escolas e hospitais para identificar possíveis rachaduras ou problemas que possam oferecer risco aos moradores.

Além dos efeitos imediatos, o episódio reforça a importância de políticas de prevenção e de uma cultura de preparação para emergências. O México investe constantemente em alertas sísmicos e sistemas de evacuação rápida — ferramentas que têm se mostrado fundamentais para salvar vidas em situações mais graves.

Especialistas lembram que tremores de magnitude entre 5 e 6 são comuns na região e, na maioria das vezes, não provocam grandes destruições, desde que as construções sigam normas de segurança sísmica. Ainda assim, é sempre um lembrete de que a população precisa estar preparada para emergências.

Agora, autoridades mexicanas seguem avaliando eventuais réplicas do tremor, que são comuns após um abalo inicial. Enquanto isso, o caso do jovem ferido serve como alerta para reforçar medidas de proteção em prédios antigos ou em condições precárias.

Para os moradores da Cidade do México e de Oaxaca, o recado é claro: manter a calma, ficar atento aos comunicados oficiais e ter à mão os planos de evacuação pode fazer toda a diferença quando a terra volta a tremer.

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