Se você está com viagem marcada para Portugal, Espanha, França, Itália ou outros destinos da Europa, prepare-se: a forma como seu passaporte é registrado na entrada pode mudar a partir de 12 de outubro. Isso porque 29 países europeus vão adotar um novo sistema eletrônico para substituir o tradicional carimbo na imigração, prometendo mais agilidade e segurança para turistas de todo o mundo.
A novidade faz parte do chamado Sistema de Entrada e Saída (EES, na sigla em inglês), iniciativa da União Europeia para modernizar o controle de fronteiras. Na prática, o carimbo físico será trocado por um registro digital, que armazena informações do viajante com base em biometria, como reconhecimento facial e impressões digitais.
De acordo com autoridades europeias, o EES é uma forma de reforçar o controle migratório e prevenir fraudes, além de reduzir filas nos postos de imigração. O objetivo é que todo o processo de substituição do carimbo tradicional seja concluído até abril de 2026, mas muitos aeroportos já começam a implantar o sistema ainda neste ano.
Além de Portugal, Espanha, França e Itália, fazem parte da lista países como Alemanha, Holanda, Suíça, Áustria, Grécia e Noruega, entre outros. No total, o EES será implantado nos 27 países do Espaço Schengen, além de Bulgária e Romênia, que recentemente tiveram a adesão aprovada.
A mudança não trará custos adicionais para os viajantes e valerá para cidadãos de países que não fazem parte da União Europeia ou do Espaço Schengen — ou seja, brasileiros e turistas de outros países da América Latina, Ásia, África e Oceania.
Como vai funcionar na prática?
Ao chegar a um dos países participantes, o passageiro passará por quiosques automáticos ou guichês adaptados, onde serão coletados dados biométricos — como foto e digitais — além das informações do passaporte. Esses dados ficarão registrados no sistema por até três anos, tornando mais rápido o processo de futuras entradas na Europa.
O sistema também vai calcular automaticamente quantos dias o visitante pode permanecer na área Schengen, respeitando o limite máximo de 90 dias a cada 180 dias. Se ultrapassar o período permitido, o viajante poderá ter problemas para entrar em outros países do bloco futuramente.
Por que o carimbo vai sumir?
A União Europeia avalia que os carimbos manuais estão ultrapassados e são facilmente falsificados. Além disso, nem sempre garantem controle preciso dos prazos de permanência, criando brechas para estadias irregulares. Com o EES, o histórico de entradas e saídas será automatizado e conectado a um banco de dados compartilhado entre os países membros.
A previsão é que, nos primeiros meses, o novo sistema funcione em paralelo ao método tradicional em alguns aeroportos, para evitar problemas técnicos ou congestionamentos. A mudança gradual permitirá ajustes até 2026.
Portanto, se você planeja viajar para a Europa nos próximos anos, é bom ficar atento às novas exigências na imigração. O passaporte pode até voltar do passeio sem carimbo — mas suas digitais e foto ficarão registradas no banco de dados europeu.
Comentários
Postar um comentário