O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mobilizou a população para reforçar a Milícia Nacional Bolivariana diante do aumento da presença militar dos Estados Unidos no Caribe e das sanções internacionais aplicadas ao país. Nos últimos dias, milhares de venezuelanos formaram filas em praças e quartéis de Caracas para se alistar como voluntários, parte de um plano do governo que pretende somar 4,5 milhões de integrantes em todo o território nacional.
Confira detalhes no vídeo:
O governo afirma que a medida é uma resposta às “ameaças imperialistas” dos EUA, que ofereceram recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à captura de Maduro e posicionaram três destróieres na região caribenha. Paralelamente, 15 mil militares foram deslocados para operações na fronteira com a Colômbia, com foco no combate ao tráfico de drogas e na proteção das áreas estratégicas do país.
Criada em 2009 durante o governo de Hugo Chávez, a Milícia Nacional Bolivariana é composta por civis voluntários que recebem treinamento militar básico. Oficialmente, ela atua na defesa territorial e no apoio à segurança interna. No entanto, críticos apontam que a milícia também serve como instrumento de controle político e social, fortalecendo a presença do regime em regiões estratégicas.
A convocação de Maduro ocorre em um momento de crescente tensão entre Caracas e Washington. Os EUA acusam a Venezuela de envolvimento em atividades ilícitas e questionam a legitimidade do governo venezuelano. Especialistas alertam que a intensificação da mobilização e a presença militar aumentam o risco de confrontos diretos, com possíveis repercussões para a estabilidade regional e as rotas comerciais do Caribe.
O governo venezuelano apresenta a mobilização como demonstração de unidade nacional e resistência externa, destacando a participação popular nas filas de alistamento como prova do apoio à administração de Maduro. A estratégia combina fortalecimento da milícia, defesa territorial e manutenção de uma narrativa de enfrentamento aos Estados Unidos, buscando consolidar o controle político interno.
Além de reforçar a segurança, a milícia se tornou símbolo do regime, capaz de mobilizar a população em momentos de crise e garantir presença estatal em áreas estratégicas. A iniciativa mostra que Maduro pretende manter firme a estrutura de poder diante da pressão internacional, ao mesmo tempo em que envia sinais de força a aliados e adversários.
A tensão continua monitorada internacionalmente, e analistas observam que qualquer escalada militar na região pode gerar impactos significativos, não apenas para a Venezuela e os EUA, mas também para outros países do Caribe e da América Latina, ampliando o risco de instabilidade regional.
Maduro pode estar armando um exército para derrubá-lo e ficar com os 50 milhões de dolares.
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